quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Produzir a sua própria energia. Compensa?


Um novo decreto-lei incentiva a que os consumidores produzam a sua própria energia a partir de energias renováveis, em particular a solar.
O processo foi lento — o diploma demorou cerca de um ano a ficar concluído — mas, desde 20 de janeiro que o novo Dec. Lei do autoconsumo está em vigor. Este Dec. Lei incentiva a que os consumidores produzam a sua própria energia a partir de energias renováveis, em particular a solar. A energia elétrica produzida é consumida, na sua maioria, pelo produtor, embora com a possibilidade de injetar o restante na Rede Elétrica.
Mas o que mudou com a nova legislação? Antes de mais, passou a existir a possibilidade de usar a energia produzida para consumo próprio e cada um de nós passa a ser um agente ativo na produção de energia elétrica nas nossas casas. Até aqui, havia a obrigatoriedade de se injetar na rede toda a energia produzida.
Também nas empresas acaba por ser um investimento muito rentável, dado que as empresas funcionam sobretudo durante o dia, precisamente em horas de ponta e de cheias, quando a energia é mais cara, pelo que o grau de poupança é ainda maior. Em termos práticos estamos a falar de projetos com pelo menos 2 painéis nas nossas casas e de até algumas centenas ou mesmo milhares de painéis nas empresas, dependendo do seu consumo de energia elétrica.
E se o objetivo é ter uma autonomia e independência superiores em relação à rede elétrica, existem também inúmeras soluções de acumulação de energia em baterias de gel ou de iões lítio, estas últimas as mais recentes, ainda mais fiáveis e com tempo de vida útil superior a 10 anos.
E afinal o autoconsumo compensa? Bem, se pensarmos que o investimento neste tipo de sistemas de autoconsumo tem rentabilidades que tipicamente variam entre os 10 e os 20 por cento ao ano, consoante o caso, e que um depósito a prazo rende atualmente menos de 1 por cento, talvez valha a pena pelo menos equacionar a possibilidade.

Demonstração de Paineis Solares

A eletricidade está cada vez mais cara e deve continuar a subir nos próximos tempos. Há uns anos, instalar painéis solares em casa custava muitos milhares de euros, mas agora estão cada vez mais baratos. Como a lei mudou entretanto, o Contas-Poupança foi saber se a energia solar compensa.



Paineis Solares

Painéis solares fotovoltaicos são dispositivos utilizados para converter a energia da luz do Sol em energia elétrica. Os painéis solares fotovoltaicos são compostos por células solares, assim designadas já que captam, em geral, a luz do Sol. Estas células são, por vezes, e com maior propriedade, chamadas de células fotovoltaicas, ou seja, criam uma diferença de potencial elétrico por ação da luz (seja do Sol ou da sua casa). As células solares contam com o efeito fotovoltaico para absorver a energia do sol e fazem a corrente elétrica fluir entre duas camadas com cargas opostas.[1]
Atualmente, os custos associados aos painéis solares, que são muito caros, tornam esta opção ainda pouco eficiente e rentável. O aumento do custo dos combustíveis fósseis, e a experiência adquirida na produção de célula solares, que tem vindo a reduzir o custo das mesmas, indica que este tipo de energia será tendencialmente mais utilizado.